Pacto das Águas

Pacto das Águas

Terra Indígena Igarapé Lourdes (RO), Terra Indígena Rio Branco (AC), Terra Indígena Serra Morena (MT), Parque Indígena Aripuanã (MT), Terra Indígena Japuíra (MT), Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt (MT)

O Pacto das Águas promove alternativas de geração de renda às comunidades da Amazônia apoiando a estruturação das cadeias de produtos da sociobiodiversidade já utilizados pelas comunidades, assim como de outros potenciais existentes em suas terras. O Pacto desenvolve um projeto de mesmo nome, na região Noroeste de Mato Grosso e Leste de Rondônia, que tem como meta estimular e consolidar estratégias de desenvolvimento pautadas na manutenção da floresta e respeito à cultura das populações tradicionais.

Contato

Telefones: (65) 99944-9221 /

Endereço: Rua Maringá, 1831 - Bairro Nova Brasília - Ji-Paraná - RO

Site: http://www.pactodasaguas.org.br https://www.facebook.com/pactodasaguas/

E-mails: imprensa@pactodasaguas.org.br

Descrição

O projeto oferece assessoria e capacitação para boas práticas de manejo; desenvolve atividades de formação de agentes multiplicadores de conhecimento, indígenas e não-indígenas; auxilia os povos na implantação de infraestrutura para produção, armazenamento e escoamento da produção, assim como na busca de mercados justos para a produção e comercialização de produtos florestais; promove a educação ambiental e o acompanhamento técnico para a incorporação de boas práticas de manejo às atividades produtivas, como a certificação orgânica dos produtos extrativos; oferece assessoria técnica e capacitações para jovens e mulheres nas áreas de manejo e gestão de negócios voltados à comercialização, captação de recursos para a formação de capital de giro, agregação de valor aos produtos das comunidades e certificação, privilegiando os mercados justos; presta assessoria ao acesso de políticas públicas relacionadas à cadeia produtiva; atua no fortalecimento das lideranças, associações e outras formas de organização social; e promove o diálogo entre os diversos atores para a constituição de cadeias de valor dos produtos da sociobiodiversidade.

Objetivos

O projeto Pacto das Águas tem como objetivo desenvolver estratégias de desenvolvimento econômico através da estruturação e implantação de cadeias de produtos da sociobiodiversidade exercida pelas populações tradicionais e agricultores familiares que vivem nas florestas na região Noroeste de Mato Grosso e Leste de Rondônia. Na perspectiva do Pacto, o extrativismo legal e sustentável valoriza a floresta em pé, além de ser uma eficaz estratégia de gestão ambiental, territorial e econômica, geração de renda, valorização dos modos de vida tradicionais e de seu protagonismo social, respeitando a floresta e a cultura das populações.

Público-alvo

Povos indígenas e tradicionais

Resultados

A primeira etapa do projeto encerrou suas atividades em 2010 e conseguiu a reativação da produção de borracha em seringais nativos nas terras indígenas Erikptsa, Japuira e Escondido, no noroeste do Mato Grosso. Outra frente de trabalho teve como foco a coleta da castanha: de acordo com o site da organização, só na safra de 2007-2008 os povos indígenas extraíram 60 mil quilos de castanha e, entre 2008-2009, coletaram 40 mil quilos. A partir do manejo da castanha-do-Brasil e do látex, o projeto já envolveu mais de 3 mil pessoas em atividades de manejo florestal comunitário. Somente na nova fase do projeto, que teve início em dezembro de 2013, o Pacto das Águas já apoiou a produção de 650 toneladas de castanha e 30 toneladas de látex. Para o armazenamento da produção foram construídos ou reformados 33 barracões com capacidade de armazenagem de 300 toneladas e instaladas 40 mesas de secagem das castanhas em casca.

Mais importante que esses números é o fato de o projeto ajudar a diminuir o êxodo de populações tradicionais e indígenas, pelo fato de desenvolver possiblidades de emprego e renda a partir de atividades sustentáveis. O manejo florestal não madeireiro também fortalece a segurança das terras além de inibir a entrada de atividades ilícitas por terceiros, como o garimpo e a extração madeireira. Ou seja, além de evitar o desmatamento das áreas de produção sustentável, também foi fortalecida a organização política e social dos índios e seringueiros.

Além de ser considerada como uma das mais bem-sucedidas experiências em alternativas de geração de renda pautadas na conservação das florestas na Amazônia, o Pacto das Águas ajuda, ainda, a garantir a conservação de 1,8 milhão de hectares de floresta amazônica, área ocupada pelos povos participantes do projeto.

Imagens

Arquivos