Recaatingamento

IRPAA – Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada

Sete comunidades do Território Sertão do São Francisco (BA)

Único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga está precisando de cuidados. Rica em recursos naturais, a “Mata Branca” – do tupi-guarani caa (mata) e tinga (branca) -, é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta. Atualmente, mais da metade de seu território apresenta diferentes graus de degradação e apenas 2% de sua área estão protegidas em unidades de conservação.

 

Diante das ameaças ao futuro do nosso bioma, o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA, que há 20 anos desenvolve trabalhos na perspectiva da Convivência com o Semiárido, vem implantando o “recaatingamento” em comunidades agropastoris e extrativistas. Um projeto de vanguarda, que tem a população das próprias comunidades como os agentes responsáveis pelas transformações socioambientais.

Contato

Telefones: (74) 3611-6481 /

Endereço: Avenida das Nações, 04

Site: http://www.recaatingamento.org.br/

E-mails:

Descrição

O método de intervenção proposto consiste na identificação e isolamento das áreas degradadas, implantação de ações hidroambientais; formulação e implantação de planos de manejo para conservação das áreas em bom estado; implementação de ações produtivas sustentáveis para a diversificação da renda e plano manejo apropriado dos animais para adequação a capacidade de suporte da Caatinga.

Para realização destas ações são realizados cursos, oficinas, práticas, seminários, intercâmbios e mutirões de modo que se conjugue o conhecimento tradicional associado a estas populações e o conhecimento técnico, para alcançar os objetivos do projeto.

Objetivos

O Recaatingamento tem como objetivo contribuir para inverter a desertificação do bioma caatinga através do uso sustentável de seus recursos naturais. Visa a manutenção dos serviços ecossistêmicos associados, como a regulação climática, o sequestro e fixação de carbono e a conservação e recuperação da Caatinga, que é a base da vida, produção e reprodução das comunidades agropastoris e extrativistas. Em suas ações, o proojeto tem trabalhado prioritariamente com as comunidades tradicionais de Fundo de Pasto – FP, capacitando os produtores(as) a serem protagonistas na conservação e recuperação do ambiente em que vivem.
Neste sentido, o Projeto visa contribuir para que as famílias possam recuperar áreas em avançado estado de degradação e elaborar planos de manejo para uso sustentável das áreas ainda em bom estado de conservação, principalmente as áreas soltas de uso coletivo.

Público-alvo

Comunidades tradicionais de Fundo de Pasto

Resultados

Iniciado em 2009 com 7 comunidades em 2019 já são 31 comunidades recaatingueiras. Como resultado, espera-se alcançar até 2021 a conservação de 20.000ha de Caatinga em 31 comunidades tradicionais de Fundo de Pasto, envolvendo diretamente 900 famílias preservando em média 24.000 pés de umbuzeiros; recuperação de 1900 hectares de Caatinga, introduzindo 2000 novos pés de umbuzeiros; 31 áreas de incremento ambiental e econômico a partir do uso florestal diversificado e não madeireiro da Caatinga; evitar a liberação de 650.000 toneladas de carbono e sequestrar de 65.000 toneladas de carbono da atmosfera. Envolvendo diretamente 900 famílias.

Imagens