Recuperação de território indígena

Operação Amazônia Nativa (OPAN)

Territórios dos povos Jamamadi, Apurinã, Nambiquara (Tis Pirineus de Souza e Tirecatinga), Enawenê Nawê, Myky, Paumari, Deni, Katukina do rio Biá, Manoki e Xavante de Marãiwatsédé

A Operação Amazônia Nativa (OPAN) atua pelo fortalecimento do protagonismo indígena no cenário regional, valorizando sua cultura e seus modos de organização social através da atuação nas áreas de cultura, educação, saúde, economia e qualificação das práticas de gestão de seus territórios e recursos naturais, com autonomia e de forma sustentável.

Contato

Telefones: (65) 3322-2980 /

Endereço: Av. Ipiranga, 97 - Bairro Goiabeiras - Cuiabá (MT)

Site: http://www.amazonianativa.org.br

E-mails: comunicacao@amazonianativa.org.br

Descrição

Historicamente, as equipes indigenistas mutidisciplinares da OPAN realizam trabalhos de base junto aos povos indígenas em eixos como política, terra, saúde e economia. A metodologia de trabalho da OPAN é pautada na ação direta, por meio do convívio e do envolvimento no cotidiano das aldeias, que são o núcleo orientador das propostas e desenvolvimento dos projetos. É notória também a contribuição da OPAN na capacitação de indigenistas através de seu curso de formação, oferecido em diferentes modalidades ao longo de toda a sua história.

As principais formas de atuação das equipes indigenistas da OPAN incluem a proteção das terras indígenas por meio de programas de vigilância, monitoramento, gestão territorial, fortalecimento das organizações indígenas, formação política, fomento às cadeias de produtos da sociobiodiversidade, soberania alimentar, geração de renda e desenvolvimento sustentável.

Os programas de saúde também sempre foram uma prioridade na OPAN, que atua com equipes especializadas no controle de epidemias, capacitação de técnicos indígenas, imunização, valorização de saberes e práticas tradicionais, entre outras ações.

Mais recentemente, a OPAN tem investido na proposição e acompanhamento de experiências no campo das alternativas econômicas através do fortalecimento e promoção de formas sustentáveis de manejo na Amazônia e no Cerrado. As equipes indigenistas problematizam e refletem com os indígenas sobre práticas de consumo, capacitação para a apropriação de tecnologias de manejo e produção.

Objetivos

Entre os objetivos da OPAN estão a defesa dos direitos humanos; o apoio a povos indígenas e populações tradicionais na gestão sobre suas terras e em sua organização interna para dialogar com outros grupos indígenas, com o Estado e outros atores da sociedade; o reconhecimento dos direitos indígenas; a preservação do meio ambiente; o desenvolvimento de pesquisas antropológicas, socioeconômicas e ambientais; e a formação de equipes para a execução de projetos.

Público-alvo

Povos indígenas

Resultados

A instituição contribuiu diretamente com a demarcação de 13 milhões de hectares no Amazonas em parceria com os povos Kulina, Kanamari, Katukina, Deni, Zuruaha, Kanamati/Jarawara, Apurinã, Marubo, Matis, Korubo, Mayoruna, Paumari, Jamamadi, Tenharim e Parintintim. Em Mato Grosso, a OPAN desenvolveu trabalhos pela defesa de três milhões de hectares de terras indígenas com os povos Paresi, Cinta Larga, Arara, Karajá, Kayabi, Enawene Nawe, Nambikwara, Manoki, Myky e Xavante de Marãiwatsédé.

Por 12 anos, a OPAN foi conveniada com a Funasa, prestando serviços de atendimento à saúde indígena no Pólo Brasnorte, no norte de Mato Grosso. No campo da educação, a OPAN se destacou na organização dos encontros de educação indígena nos anos 80, de professores indígenas e organização de conselhos, que foram a base para as políticas públicas neste setor atualmente implantadas pelo governo brasileiro.

Em 2006, recebeu o Prêmio Chico Mendes, concedido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), na categoria organização não governamental pela atuação marcante na Amazônia brasileira e por ter contribuído, de forma notável, para o aumento da participação de populações indígenas nas decisões que afetam seu modo de vida. Em 2015, a iniciativa de manejo sustentável do pirarucu junto ao povo Paumari do rio Tapauá, no Médio Purus, recebeu o Prêmio Nacional da Biodiversidade, também concedido por esse ministério. No mesmo ano, a prática foi certificada como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil.

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